O presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, “sabia ao que vinha”, como disse na noite da passada terça-feira na sessão de esclarecimento sobre o “Estudo Prévio do Projecto de Qualificação do Rossio”, cuja consulta pública termina hoje, ou seja, iria deparar-se com um público contra a construção do parque de estacionamento subterrâneo, como de facto, aconteceu. Nenhuma das intervenções do público, além de Ribau Esteves, apoiou o parque no subsolo do jardim junto ao Canal Central, aliás como já tinha acontecido na sessão de Julho último. “Eu sei que discordam todos”, disse.
Jorge Silva, que preside à Associação Comercial de Aveiro, que integra o “A4 Agrupamento Aberto de Associações de Aveiro”, que organizou a sessão, está preocupado com os efeitos da obra, lembrando que sob a Praça Marquês de Pombal, provocou, disse, a “falência de várias casas comerciais”. Por isso defendeu um “fundo de garantia para pagamento de eventuais indemnizações” podendo ser usado, inclusive, se a obra ultrapassar os 18 meses previstos. Já “A Corda”, segundo Marina Vieira quer “mais tempo para reflectir”, enquanto a Plataforma Cidades posicionou-se contra o parque, secundada pela associação Ciclaveiro, dado que, segundo Francisco Curado, “não existem dados novos que fundamentem a construção do parque subterrâneo” além de que a Câmara, disse, faz “tábua rasa de estudos”.
