Zé Manel Taxista continua igual a si mesmo. Nem parece que a idade passou por ele, mas passou e são já 20 anos desde a sua criação por Maria Rueff. Mantém-se o cabedal no casaco, os óculos de sol ao estilo “aviador”, o bigode e a brilhantina, muita brilhantina, a “colar” o cabelo à cabeça, tal como há duas décadas no Herman 98. O amor benfiquista é o de sempre e em grande dose, só que agora, Zé Manel Taxista está descontente com o rumo que o futebol em geral tomou. O rumo do futebol e não só.Nesta “comédia com brilhantina”, Maria Rueff propõe-se a repensar as cidades, em particular Lisboa, fazendo renascer o seu mais famoso personagem que fez saltar da televisão e da rádio para os palcos do teatro. Admite que os 20 anos de Zé Manel Taxista foram o pretexto para este seu desejo de repensar e colocar o público a pensar na nossa capital, invadida de turistas, de tuk-tuks, de tascas que já não são tascas na sua essência, de lojas atulhadas de tralha para turistas e de alojamentos locais.
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