Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
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Adriano Lucas (1925-2011)
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Adriano Callé Lucas

Centro para vítimas de tráfico recebeu 68 homens explorados e escravizados


Domingo, 13 de Janeiro de 2019
Desde que foi criado, em 2013, o Centro de Acolhimento e Protecção (CAP) de Vítimas de Tráfico de Seres Humanos exclusivamente para o sexo masculino já recebeu 68 vítimas. O CAT é coordenado pela organização não governamental (ONG) Saúde em Português, com sede em Coimbra, tratando-se, segundo o novo presidente da instituição, ontem empossado, do «primeiro» e «único centro em Portugal» exclusivamente dirigido para homens vítimas de tráfico de seres humanos. «É um projecto de continuidade que funciona em localização secreta» para segurança das vítimas, explicou ontem Henrique Correia, na cerimónia de tomada de posse dos novos corpos sociais para o quadriénio 2019-2022.O centro foi criado com o apoio do Programa Operacional do Potencial Humano, através da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, e é coordenado por Marco Carvalho, da Saúde em Português, que ontem explicou que a maior parte dos 68 homens que já passaram pelo centro são vítimas de exploração laboral e de escravidão. A escravidão, segundo Marco Carvalho, é essencialmente praticada sobre homens portugueses, maiores de 65 anos que passam por um longo período de exploração. «Estão fechadas durante um longo período de tempo em quintas e zonas rurais e são escravizadas e fechadas», contou, explicando que já passaram pelo centro vítimas escravizadas «15 anos, 19 anos» e até «um caso de 26 anos» de escravidão. São vítimas «fragilizadas» e com «dificuldades de inserção». 
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