O pedido de classificação avançado na semana passada pelo Museu Nacional de Arqueologia para que o esqueleto do ‘Menino do Lapedo’ seja tesouro nacional é positivo, considerou o arqueólogo João Zilhão, embora alertando que "não podem ser só palavras". O arqueólogo, que há 20 anos liderou a primeira equipa que trabalhou no local do achado, o Abrigo do Lagar Velho, na freguesia de Santa Eufémia, em Leiria, gostava que a classificação "se transformasse em meios para continuar a investigação"."Se for só tesouro nacional e não houver meios, é só conversa. Palavras leva-as o vento", disse, no final da intervenção na conferência ‘Menino do Lapedo - 20 anos depois’, que decorreu no fim-de-semana, no Museu de Leiria. Para João Zilhão "é preciso por meios onde se põem as palavras" e "se o 'Menino do Lapedo' tem esta importância, vamos tratar o assunto de outra forma".O arqueólogo lamentou que o esqueleto só tinha sido exposto ao público uma vez, "e na Alemanha!", numa exposição por ocasião dos 150 anos da descoberta dos fósseis de Neandertal. "Em Portugal nunca houve, ainda, condições de o mostrar ao público", sublinhou, recordando os esforços do director do Museu Nacional de Arqueologia.
Leia a notícia completa na edição em papel.