Das 25 corporações de bombeiros do distrito de Leiria, apenas duas não estão a aderir à suspensão da informação operacional à Protecção Civil, em resultado de um protesto da Liga de Bombeiros Portugueses contra a proposta do Governo para a nova lei orgânica.Ontem, o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Leiria, Almeida Lopes, explicou ao nosso jornal que, desde domingo, apenas três corporações não tinham aderido ao protesto, mas ontem mesmo, um quartel juntou-se às restantes corporações “na defesa de todos os bombeiros de Portugal”.No domingo, a Liga de Bombeiros Portugueses (LPB) anunciou como medida de protesto contra a proposta do Governo para a nova lei orgânica a ausência de reporte de informação. Na prática, reportar significa comunicar sempre que sai uma viatura, uma ambulância, um veículo de combate a incêndio ou de desencarceramento, entre outros, bem como quando há situações que o protocolo assim o define ou quando é feito um ponto de situação de cada ocorrência.Uma das novidades contestada na nova lei orgânica é a área de actuação dos CDOS – Comando Distrital de Operações de Socorro – deixar de corresponder aos distritos e passar a ter a abrangência das comunidades intermunicipais.A LPB reivindica uma direcção de bombeiros autónoma independente e com orçamento próprio, que diminua os custos e aumente a eficácia, um comando autónomo e o cartão social do bombeiro.Ao nosso jornal, o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Leiria disse rever-se nas afirmações da LPB, pela voz do seu presidente, Jaime Marta Soares, assim como nas reivindicações. O presidente da federação vai mais longe, ao afirmar que “a identidade dos bombeiros foi usurpada indevidamente pelo Estado na agora Autoridade Nacional de Protecção Civil”.
Leia a notícia completa na edição em papel.
