Foram cinco intervenções ontem no?Tribunal da Relação de Coimbra, bastantes mais os adjectivos de elogio a Rui de Alarcão, ontem homenageado na sessão comemorativa dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e 40 da adesão de Portugal à Convenção Europeia dos Direitos Humanos. Seria Euclides Dâmaso, procurador-geral Distrital, a fazer o discurso mais profundo de homenagem ao antigo reitor e professor catedrático da Universidade de Coimbra que leccionou sobretudo na área do Direito Civil e que seria co-autor do Código Civil.
«Era a figura que todos acorríamos a pedir conselhos», recordou Euclides Dâmaso, que não escondeu a sua pena por não o ter conhecido bem quando ainda andava nos bancos da faculdade, o que só aconteceria décadas mais tarde, noutras funções. «Cimentei uma relação de confiança e afecto que ficariam para sempre», recordou o procurador geral distrital, sobre o homem que foi um «construtor de pontes de entendimento» e a quem chegou a comparar com a «Rainha Santa» e a dizer que o ia propor para «Nobel da Paz». «Tinha uma dimensão arreigadamente humanista, aberta e plural que me cativou e tornou irremediavelmente seu admirador», garantiu.
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