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Macron defende a criação de um exército único europeu


Terça, 06 de Novembro de 2018
O presidente francês Emmanuel Macron defendeu hoje a criação de um exército comum europeu argumentando que "será a única forma" de o bloco se proteger de ameaças, sobretudo de Leste. “Não poderemos proteger os europeus se não decidirmos ter um verdadeiro exército europeu. Face à Rússia, que está junto às nossas fronteiras e que já mostrou que pode ser uma ameaça (…) nós devemos ter uma Europa que se defende sem depender unicamente dos Estados Unidos e de uma forma soberana”, disse Macron numa entrevista que está a ser difundida hoje pela estação Europe 1. Macron, sem referir países sublinha que “nos confins da Europa potências autoritárias emergentes estão a rearmar-se” e, por isso, apela à “protecção” numa altura em que os Estados Unidos tomaram a decisão de abandonar o Tratado sobre Desarmamento Nuclear, que data dos anos 1980. “Quem é a principal vítima? É a Europa e a sua protecção”, declara o chefe de Estado francês referindo-se à decisão de Washington. A União Europeia tenta a adaptar-se ao novo contexto geopolítico relacionado com a vontade do presidente norte-americano Donald Trump de reduzir o envolvimento dos Estados Unidos na defesa da Europa. Um fundo de Defesa europeu deve ser accionado em 2019 para desenvolver as capacidades dos Estados membros no sentido de promover a independência estratégica da União Europeia. Paralelamente, a França já iniciou com oito países europeus um grupo de intervenção com a finalidade de organizar de forma rápida uma operação militar, evacuações em países em guerra ou efectuar transportes de emergência em caso de catástrofes. A capacidade de defesa e reforço europeu em questões militares é um dos “projectos” defendidos por Emmanuel Macron para responder “aos receios” dos cidadãos europeus. A entrevista que foi gravada na segunda-feira está a ser transmitida hoje de manhã e aborda também questões relacionadas com a política interna francesa com tópicos como a segurança nas escolas, através da presença policial, e as medidas fiscais aplicadas aos combustíveis.

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