Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
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“Fizemos todo o possível e impossível para fazer as coisas avançar”


Margarida Alvarinhas Terça, 16 de Outubro de 2018
Um ano depois da tragédia dos incêndios, importa recordar o que aconteceu. Quais são os números? Ana Abrunhosa: Os levantamentos são exercícios muito imperfeitos e precários. Esses levantamentos foram feitos em duas semanas, para as empresas e para as habitações. Com os presidentes de Junta e de Câmara detectámos cerca de 1.700 edificações e cerca de 500 empresas, parcial ou totalmente destruídas. Seguiu-se a fase de produção legislativa, que terminou em Dezembro, e abriu-se o período de candidaturas, quer para as empresas (aviso Repor), quer pedidos de apoio para a recuperação de habitações permanentes. O aviso das empresas terminará no final deste mês e o período de apoio para as habitações permanentes terminou em Janeiro. De qualquer modo, ainda recebemos pedidos de apoio e abrem-se excepções porque as situações são demasiado complexas: há pessoas que tiveram de fazer partilhas, há pessoas que estiveram internadas, há muitas situações. Casas, empresas, agricultura, estradas e caminhos, flores­ta... Poderia continuar com a lista de prejuízos provocados pelas chamas. Comecemos pelas empresas. O que já foi possível fazer por estas cer­ca de 500 afectadas? Das 500 sinalizadas, foram submetidos 403 pedidos de apoio, aprovámos 283 projectos que correspondem a uma intenção de investimento de 90 milhões de euros e a um apoio de 74 milhões de euros. Já fizemos pagamentos de 22 milhões de euros. Estão em análise 94 projectos. Entre as 500 sinalizadas e os 403 pedidos, sobram 97. Podem ser empresas que simplesmente desistiram de o ser? Podem ser empresas da área da agricultura e floresta que não têm elegibilidade neste apoio e até já se candidataram pelo Ministério da Agricultura. Ou podem ser empresas apoiadas por seguros. Não é por falta de informação, espero eu, porque fizemos sessões de divulgação em todos os municípios. Ainda hoje estamos a receber empresas. Acredito que serão situações de empresas que não se enquadram no apoio porque são da área agro-florestal e para estes o apoio deve ser pedido no Ministério da Agricultura.
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