Apesar dos progressos e melhorias que se têm vindo a alcançar no apoio às mães que amamentam, ainda faltam conselheiras de aleitamento materno, sobretudo nas unidades hospitalares do país. «Ainda não há apoio suficiente, por isso tentamos fazer estes encontros quando a ajuda deveria vir dos profissionais de saúde e, principalmente, das maternidades e hospitais», disse ontem Rita Bessa, a organizadora do 6.º Encontro Nacional de Amamentação.
Em Coimbra, o encontro decorreu no Parque Verde, mas as mães que amamentam ou então quase a entrar nessa fase reuniram em várias cidades do país, numa iniciativa que, à sexta edição, é conduzida desde a primeira por Rita Bessa. O que une as participantes é a necessidade de troca de experiências e entreajuda numa área em que subsistem ainda muitos mitos e falta apoio. «É preciso apoiar as mães, sobretudo no início. Acho que cada vez mais há esse apoio, mas ainda é insuficiente», considera Rita Bessa, falando de questões tão frequentes na cabeça das mães, como “será que o meu leite não é fraco? será que o meu leite está a acabar?”. «Está cientificamente provado que o leite chega e é sempre bom e só em casos raríssimos é que uma mãe não tem leite para amamentar», esclarece, frisando que a mama da mulher «não é um armazém, é uma fábrica» e «85% do leite é produzido na hora».
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