Luís Ventura
Ricardo Carvalhal (Fotos)
Na exposição temporária, “A Mulher no Contexto e época de Júlio Dinis”, que está patente na Casa-Museu Júlio Dinis, em Ovar, constituída essencialmente por peças alusivas ao universo feminino, há uma que chama particularmente a atenção. Um coração de madrepérola que é a única prova do alegado romance que o escritor Júlio Dinis, pseudónimo literário de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, terá mantido com uma vareira durante o tempo em que esteve em Ovar. Segundo António França, responsável pelo museu, “parte-se do princípio que Júlio Dinis terá oferecido esta peça a Ana Simões, filha de Tomé Simões, com quem terá também trocado alguma correspondência”.
Já de idade avançada, Ana Simões, pressentindo a morte, pediu à filha, Maria Emília, para ir ao fundo de um baú retirar o lenço que embrulhava uma série de cartas, onde também se encontrava o coração e um retrato de Júlio Dinis, e ordenou que queimasse a correspondência, o que ela fez. “É claro que, a partir daí, a história ganhou contornos de um alegado romance, tornando-se quase um mito urbano”, refere António França.
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