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FMI aumenta apoio financeiro à Argentina para um total de 57 mil milhões de dólares


Quinta, 27 de Setembro de 2018
O Fundo Monetário Internacional (FMI) concordou em aumentar o empréstimo à Argentina em 7,1 mil milhões de dólares (seis mil milhões de euros) para 57,1 mil milhões, afirmou hoje o ministro da Economia argentino, Nicolas Dujovne. O Estado sul-americano garantiu um financiamento de 50 mil milhões de dólares como parte de um acordo negociado com o FMI em Junho, depois de ter sido abalado por uma crise monetária, uma corrida ao peso argentino e uma inflação de dois dígitos. A directora do FMI, Christine Lagarde, afirmou, em conferência de imprensa conjunta com Dujovne, em Nova Iorque, que o banco central da Argentina concordou em intervir no mercado cambial apenas no caso de circunstâncias extremas e que a nova quantia vai ajudar o Governo de Buenos Aires a enfrentar os seus desafios. “O banco central da Argentina decidiu adoptar uma taxa de câmbio flutuante, sem intervenção. No cenário de uma instabilidade extrema da taxa de câmbio, o banco pode fazer uma intervenção limitada no mercado cambial para prevenir um mercado sem regras”, adiantou Lagarde. O Presidente da Argentina, Mauricio Macri, tem estado a pressionar para um novo acordo com o FMI para restaurar a confiança dos investidores e reduzir preocupações quanto à capacidade de a Argentina cumprir as suas obrigações de pagamento de dívida no próximo ano. Na terça-feira realizou-se uma greve nacional para protestar com a gestão feita por Macri da crise económica e a sua decisão de recorrer ao FMI. O FMI é acusado na Argentina de encorajar as políticas que conduziram, em 2001, à pior crise económica que o país alguma vez conheceu, que provocou que um em cada cinco argentinos ficasse no desemprego e que colocou milhões na pobreza. O FMI admitiu que fez vários erros que contribuíram para a implosão económica do país. Um relatório da unidade interna de auditoria do Fundo concluiu que este falhou, ao não fazer o controlo necessário das reformas económicas e sobrestimar o sucesso destas, enquanto continuava a emprestar dinheiro à Argentina apesar de o peso da dívida desta se ter tornado insustentável. “O FMI não pressionou as autoridades para uma mudança radical de política e em Dezembro de 2001 cortou o apoio financeiro à Argentina”, dizia-se naquele documento. Sem mais apoio do FMI, o Governo de então foi forçado a declarar um incumprimento no reembolso da dívida de 100 mil milhões de dólares.

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