O sector farmacêutico tem ainda «singularidades que nos envergonham como país», lamentou ontem a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, sobre os descontos nos medicamentos prescritos pelos médicos e comparticipados pelo Estado português e, «como se não bastasse, os anúncios bem visíveis a esses descontos, que nos afastam da imagem de um espaço de saúde e nos transformam numa superfície comercial».
Ana Paula Martins, que falava ontem na sessão solene do Dia do Farmacêutico, este ano celebrado em Coimbra, recordou António Arnaut, que chamava às farmácias o «braço longo do SNS», para defender que é preciso «um novo acordo que valorize a intervenção dos farmacêuticos, a sua qualificação e os resultados de saúde traduzidos em evidência». Lembrou que a sustentabilidade económica das farmácias continua ameaçada porque «o modelo de remuneração não financia o serviço público que os farmacêuticos prestam». Sublinhou, a propósito, que há ainda 1.835 farmácias com prejuízo e que o sector da distribuição tem centenas de milhões de euros em créditos de grossistas.
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