Gustavo Fernandez é mais um venezuelano que fugiu do seu país, actualmente, desgovernado, para encontrar em Estarreja um porto seguro. Casado com uma luso-venezuelana, chegou há cerca de cinco meses. “Tivemos de fugir porque lá está impossível viver”, conta Gustavo ao Diário de Aveiro. Ao contrário do que se possa pensar, “trabalho é coisa que não falta na Venezuela, não há é nada para comprar, não há comida, medicamentos ou vacinas para crianças, o dinheiro não chega para nada e a insegurança não pára de crescer”. “É impossível viver assim”, sustenta.
A esposa, Ana, conta que só agora estão a tratar das papeladas. Mas “em Portugal, porque lá também é impossível”, conta, não poupando nas críticas ao consulado português de Caracas que, segundo Gustavo, “está a fazer um péssimo trabalho”.
Mas não é fácil deixar toda a família para trás. “Os venezuelanos sempre foram um povo de acolhimento e não de sair para emigrar”, constata Gustavo, com uma certa emoção na voz. “Então, é muito difícil”. Ficou lá tudo, carro, negócio, família. “É começar do zero”, lamenta.
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