Aveiro: “Há sunsets em todo o lado e nós também quisemos fazer um, mas ligado ao jazz”

É já amanhã que arranca o Jazz, Sunset e Meia, um novo festival que traz a Aveiro, para cantar, tocar ou conversar, nomes como Maria João, Elisa Rodrigues, Miguel Araújo ou Vasco Sacramento. Afonso Miranda dá a cara pela organização (encabeçada pela empresa Aveiro com Paixão) para explicar a origem e o conceito do evento, que até sábado promete, em “estilo brincalhão e descomprimido”, tornar-se num “festival de jazz para massas”. O próprio nome foi pensado para fazer troça do uso, tão em voga, de expressões de outras línguas. Embora durante a conversa com o Diário de Aveiro o próprio Afonso Miranda tenha deixado escapar um “feedback”. Ups... Diário de Aveiro: Como nasceu a ideia de criar um novo festival em Aveiro dedicado ao jazz? Afonso Miranda: O Jazz, Sunset e Meia explica-se pelo próprio nome. É um festival de jazz, que é um género musical que eu e as pessoas que trabalham na empresa apreciamos muito… Mas é um género musical muito pouco explorado em Portugal, onde tem muito pouco palco, ao contrário de vários países na Europa – e eu já frequentei alguns festivais europeus com dimensões ao nível dos maiores que temos em Portugal no pop e no rock, e isso também me entusiasmou para trazer um pouco do conceito para cá. A ideia “sunset e meia” é para brincar com o uso de expressões de outras línguas – há muito a mania, hoje em dia, de utilizar palavras inglesas, por exemplo, que é uma coisa que eu tento evitar… Hoje há sunsets em todo o lado e nós também quisemos fazer um, mas ligado ao jazz. Queremos dar um estilo brincalhão e descomprimido ao festival. Temos consciência que o jazz é muitas vezes um género musical associado a algum elitismo e a um nicho muito reduzido, mas nós queremos fazer as coisas de uma forma descomprimida para que toda a gente possa ouvir jazz e divertir-se.