José Albertino Figueiredo esteve durante quase seis meses sem as duas caçadeiras que possuía mas estas foram-lhe devolvidas sem qualquer perícia ao seu estado clínico, mesmo depois de lhe terem sido retiradas por causa de uma tentativa de suicídio.
Ao que o nosso jornal apurou junto de fonte policial, as duas armas (uma delas terá sido a utilizada para assassinar a mulher) foram apreendidas a 24 de Março de 2017. Na altura, o homicida tentou matar-se e fugiu, armado, para uma zona de mato perto da sua casa, em?Quiaios. As autoridades foram alertadas e a GNR apreendeu as duas caçadeiras. O processo seguiu então para o Ministério Público mas não terá dado origem a qualquer processo crime.
Meses depois e apesar de estar a ser seguido a nível psiquiátrico, José Figueiredo apresentou um requerimento a pedir a devolução das mesmas. Segundo apurámos, o Ministério Público emitiu um despacho, a 7 de Setembro de 2017, autorizando a devolução das armas. Nesse despacho apenas se fazia depender a respectiva entrega da existência da licença de uso e porte de arma válida por parte de José Figueiredo.?Como a licença não lhe tinha sido retirada no âmbito da tentativa de suicídio, as duas armas acabaram por lhe ser devolvidas a 20 de Setembro de 2017 sem que tenha sido exigida qualquer perícia psiquiátrica.
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