A futura venda em hasta pública de quatro parcelas de terreno - num total de 6.661,00m2 – junto ao Bairros dos Capuchos, motivou muitas críticas e a preocupação da oposição na Assembleia Municipal (AM) de Leiria. Em reunião extraordinária, na passada terça-feira, o assunto foi amplamente debatido, sobretudo sobre qual o destino a dar a essas parcelas, temendo alguns dos eleitos da oposição que se destine a uma grande superfície comercial, com consequências que consideram negativas para a população local.
O debate surgiu no âmbito da aprovação, por maioria, de dois pontos, nomeadamente a desafectação do domínio público e a afectação ao domínio privado do município de parcelas sobrantes da execução da Variante dos Capuchos (num total de 5.876 m2), e a consequente alienação em hasta pública. Ambas as propostas, já aprovadas pela maioria socialista em reunião de Câmara, visam permitir “viabilizar investimentos da iniciativa privada na zona”, refere a deliberação.
“Nas parcelas que foram adquiridas, na altura, não se fez a destrinça entre a parte do domínio público e privado, ou seja, os espaços sobrantes da ocupação da Avenida Papa Francisco. O que se pretende é corrigir esta situação, fazendo com que as partes sobrantes dessas parcelas estejam no domínio privado da câmara”, afirmou o presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro, na reunião da AM.
Mas vários dos eleitos da oposição justificaram porque estão contra as propostas, a começar por Pereira de Melo. “O PSD vai votar contra pelo seguinte motivo: não se percebe porque é que se expropriou tanto terreno; houve pessoas que foram expropriadas com valores inferiores aos que estão aqui escritos, e essas pessoas foram prejudicadas”.