Há poucas décadas, eram às dezenas os carros de bois, cavalos e outros animais que, com os seus donos, galgavam “léguas” para estarem presentes nos festejos em honra de S. Tomé, na Ferreira-a-Nova. Agora, só alguns cavalos e tractores com atrelados, engalanados, marcam presença. Das juntas de bois, nem vestígios e este ano, apenas uma vaca estava no recinto da feira.
Mais adiante, num dos “restaurantes” temporários, o seu dono José Augusto Melanda, de 76 anos, casado há 50 com Maria Inês, alimentava o estômago. Natural de Azenha-a-Nova, este agricultor quis assim «cumprir a tradição». «Antigamente, ficávamos cá a dormir e nesse tempo é que era S. Tomé», diz, saudoso, explicando que é «a fé que nos move». «A fé em S. Tomezinho. Nós ajudávamo-lo oferendo-lhe um cabritinho ou outro animal e ele ajudava-nos dando saúde», conta. «Já tive cinco vacas, mas agora só me resta aquela amarela (boas para gradar a terra), porque a agricultura já não dá nada e só semeamos para nós», relata.
Leia a notícia completa na edição em papel.