A informação disponibilizada, nos últimos dias, pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) só veio confirmar aquilo que já vínhamos sentindo na pele. Julho está a ser o mês mais frio dos últimos 30 anos - houve dias em que as temperaturas máximas foram de menos quatro graus Celsius do que o normal –, depois de um mês de Junho que também já tinha deixado a desejar no que toca a temperaturas propícias para as idas a banhos.
O cenário tem motivado algumas queixas, especialmente por parte de quem gosta de passar o maior número de horas com a toalha estendida na areia mas, estranhe-se, até tem trazido algumas vantagens. Especialmente para as empresas turísticas que desenvolvem a sua actividade no centro da cidade de Aveiro e que, por esta altura do ano, tinham de dividir as atenções com as praias da região.
“É bom para quem está a trabalhar, uma vez que não está sujeito a sol e calor em excesso. E também ajuda a que os turistas fiquem mais pelo centro da cidade, em vez da praia”, aponta Pablo Segura, funcionário da Aveitour, uma das empresas que se dedica aos passeios de moliceiros nos canais urbanos. Ao contrário dos outros anos, neste Verão os operadores turísticos não têm sofrido “aquela pressão de virem os turistas todos ao final do dia”, acrescenta.
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