“A grande questão, hoje em dia, é reduzir a dependência do petróleo de Portugal no sector dos transportes, por isso é que a União Europeia (UE) privilegia os meios ferroviário e marítimo para o transporte de mercadorias a longa distância”, referia, ontem, Mira Amaral, na qualidade de presidente do Conselho da Indústria Portuguesa da CIP (Confederação Empresarial de Portugal). Mira Amaral falava numa conferência-debate ocorrida no Parque de Exposições de Aveiro, alusiva ao investimento na ferrovia como um pressuposto da competitividade, mais especificamente à solução Aveiro-Salamanca. O dirigente do Conselho da Indústria da CIP afirmou que as empresas vão, cada vez mais, procurar novas soluções que lhes reduzam os custos, combinando várias possibilidades de transportes. “O actual modo rodoviário de transporte de mercadorias de Portugal para a Europa está condenado, por razões ambientais e energéticas e por saturação das autoestradas europeias”, alertava o economista, lembrando que Portugal transporta 70 por cento das suas mercadorias para a UE: