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Tailândia: Uma manhã sem chuva que pode ser decisiva para o resgate das crianças e treinador


Segunda, 09 de Julho de 2018
Uma manhã sem chuvas fortes, depois de uma noite que fez justiça ao tempo das monções que se vive neste período no Sudeste Asiático, está hoje e para já a afastar os piores receios das autoridades tailandesas. Mantém-se o silêncio sobre a missão de resgate das oito crianças e do treinador que se encontram ainda aprisionados numa gruta em Mae Sai, bem como sobre o nível da água em algumas das passagens subterrâneas, mas as declarações desta manhã, pelas 10:30 (04:30 em Lisboa) do ministro do Interior da Tailândia estão a criar expectativas quanto ao sucesso da missão. Anupong Paojinda não só informou que são os mesmos mergulhadores que estão a tentar executar a extracção, uma vez que conhecem já o caminho, as condições da gruta e o que fazer, mas também que as crianças estão saudáveis, embora estejam a ser realizados exames médicos mais detalhados. A cerca de dois quilómetros da gruta, cuja aproximação está proibida desde domingo a cerca de uma centena de jornalistas de uma dezena de países que estão ‘acampados’ num centro de imprensa improvisado pelas autoridades, é possível observar que pelo menos um helicóptero está a ser utilizado na missão e assiste-se a um corrupio de elementos que integram a operação de salvamento, que se dirigem ao espaço que fornece apoio logístico. No domingo, as equipas de resgate conseguiram retirar quatro dos 13 elementos da equipa de futebol Wild Boars que ficaram presos na gruta Tham Luang, situada na província de Chiang Rai, no Norte da Tailândia, junto à fronteira com Myanmar (antiga Birmânia) e o Laos. Jornalistas de dezenas de países estão ‘sitiados’ num centro de imprensa improvisado pelas autoridades, aguardando por novidades dos oficiais tailandeses. O grupo encurralado é composto por jogadores com idades entre os 11 e os 16 anos, e o seu treinador, de 25 anos. Os 12 rapazes e o seu treinador foram explorar a gruta depois de um jogo de futebol no dia 23 de Junho. Na altura, as inundações resultantes das monções bloquearam-lhes a saída e impediram que as equipas de resgate os encontrassem durante nove dias, uma vez que o acesso ao local só é possível via mergulho através de túneis escuros e estreitos, cheios de água turva e correntes fortes. Nas operações de socorro participam 90 mergulhadores, 40 tailandeses e 50 estrangeiros. O local onde os jovens ficaram presos situa-se a cerca de quatro quilómetros da entrada da gruta, num complexo de túneis com zonas muito estreitas e alagadas pelas chuvas da monção que afectam a zona, o que obriga a que parte do percurso tenha de ser feito debaixo de água e sem visibilidade.

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