Medalha de Ouro para Casimiro Calafate e Domingos Gaspar

Casimiro Calafate, ex-presidente da Junta de Freguesia, e Domingos Gaspar, presidente da Casa do Povo, receberam, ontem, a Medalha de Ouro de Cacia no dia em que foram ce­le­brados os 39 anos da elevação da localidade aveirense a vila. O “tributo público” foi prestado com a atribuição da mais alta condecoração da freguesia pelo trabalho daquelas duas personalidades locais ao longo dos anos, explicou o autarca Nelson Santos. No caso de Casimiro Calafate, que dirigiu a Junta entre 2005 e 2017, a condecoração recompensou a sua “dedicação à causa pública”, alegou o actual presidente. “Tudo o que fiz foi um acto de cidadania em prol da minha terra”, salientou o antigo autarca social-democrata, que recentemente abandonou o cargo. “O trabalho de um autarca é sempre um trabalho inacabado”, observou, enumerando três obras que não viu concretizadas durante os seus mandatos: a recuperação da antiga casa de Nunes da Silva, que acolherá a sede da Junta; a conclusão da zona urbana a sodoeste de Cacia; e a criação de uma via alternativa de acesso a Sarrazola, Vilarinho e Póvoa. Uma das suas principais preocupações, assumiu, são os “problemas gravíssimos” de infiltração de água salgada no Rio Vouga e no Bai­xo Vouga Lagunar, saudando os projectos anunciados para o local. Domingos Gaspar, que se radicou em Cacia em 1966, está à frente da Casa do Povo desde 1982, sendo responsável pelo Museu Etnográfico da freguesia. O “trabalho cultural e associativo em prol de Cacia” valeu-lhe a Medalha de Ouro, disse Nelson Santos. “O prémio não é só meu. Se o pudesse partir aos bocadinhos, dividia-o por várias pessoas”, comentou o homenageado.