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Cerca de 250 crianças com perturbação psicológica após os incêndios


texto: Patrícia Isabel Silva / foto: Lusa Segunda, 18 de Junho de 2018

Achou que ia morrer. Tinha medo, muito medo. O terror do incêndio tinha ficado para  trás, mas Ana Ribeiro, aluna do Agrupamento de Escolas de Góis, não conseguia seguir em frente, até que um dia, com a ajuda da psicóloga, percebeu que o que sentia “era normal”.
Para entender os efeitos da tragédia, utiliza uma metáfora: “o incêndio fez-nos uma ferida muito grande, com o tempo, vamos ter de tirar o penso e desinfectar. No fim, vai ser só uma cicatriz”.
Ana Ribeiro é uma das 1.758 crianças e adolescentes que integram o projecto ‘Pinhal de Futuro’, financiado pelo Fundo de Apoio gerido pela Fundação Calouste Gulbenkian, para rastreio e acompanhamento psicológicos de alunos dos concelhos afectados pelos incêndios de Junho (Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Góis Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande e Sertã. 
Terminada a fase de rastreio, os técnicos concluem que três quartos das crianças não apresentaram sinais de alerta, sublinhou Cristina Canavarro, do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental da Universidade de Coimbra, na apresentação dos resultados, numa cerimónia que decorreu na sede do Agrupamento de Escolas de Castanheira de Pêra.

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