O adjunto de comando dos Voluntários de Pedrógão Grande, Sérgio Lourenço, salvou cinco pessoas com queimaduras graves em Junho de 2017, mas também levou dezenas para lugar seguro e manteve a calma por causa de um bebé. Naquela tarde de sábado, 17 de Junho, um dia "muito quente" que se viria a revelar o mais fatídico de que há memória em incêndios florestais em Portugal, ao soar do alerta Sérgio Lourenço antecipava "mais um incêndio, igual aos outros todos" e saiu do quartel, ao volante da carrinha ‘pick up' de comando dos bombeiros, para colocar os "poucos meios" existentes na altura no terreno para fazerem face às chamas. "Só que depois o incêndio não foi igual, atingiu dimensões gigantescas, nunca vistas", lembra o bombeiro.
Já depois de ter recolhido na viatura um madeireiro que conhece bem a região, deparou-se, no meio das chamas, entre as povoações de Troviscais e Mosteiro, com um acidente de viação, uma viatura destruída pelo fogo e um ferido, queimado com gravidade, a pedir socorro na beira da estrada.