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Pedrógão Grande: Castanheira de Pera realça onda solidária dos portugueses


Terça, 12 de Junho de 2018
A presidente da Câmara de Castanheira de Pera afirma, um ano após os incêndios de 17 de Junho de 2017, que o balanço que faz "não é de todo positivo, nem negativo", e realça a onda solidária dos portugueses. "O balanço que eu posso fazer não é de todo positivo, mas também não é de todo negativo. Nunca vou esquecer a onda solidária que todos os portugueses tiveram e mesmo as comunidades que se encontram no estrangeiro. Os bens materiais estão todos a ser repostos, não estão todos à mesma velocidade, mas cada caso é um caso", disse a autarca de Castanheira de Pera, Alda Carvalho. Esta responsável realça a aproximação do aniversário, facto que começa a ter "um peso emotivo bastante grande" na comunidade local. "Estamos a reviver e a relembrar aquilo que se passou há um ano", afirmou. Já em relação à recuperação das primeiras habitações no concelho, adiantou que das 66 habitações que foram afectadas, 44 estão concluídas e 22 encontram-se ainda em obra. "Há algumas que estão em fase mais adiantada que estarão concluídas dentro de semanas, outras que até ao final do ano e outras, possivelmente, poderão passar do final do ano, porque só agora entraram em obra por problemas inerentes à localização das habitações e outras que precisaram de adquirir terrenos e nas quais foi complicado o processo de legalização dos mesmos. São quatro casos", explicou. Quanto às segundas habitações, a autarca sublinha que não pode avançar com um número real, sendo que, até ao momento, são cerca de 147 no concelho de Castanheira de Pera. "Num território com a dimensão de Castanheira, faz todo o significado. Eu tenho usado uma palavra: as aldeias fantasma. Não é a aldeia estar na sua totalidade toda fantasma, mas partes da aldeia estarem completamente com segundas habitações em que as pessoas não vão ter possibilidade de reconstruir se não tiverem um incentivo, uma ajuda", sustentou. Alda Carvalho diz-se expectante face àquilo que irá acontecer com as segundas habitações e espera que com a revisão do Orçamento do Estado possa surgir alguma ajuda para estas situações. "Em territórios do Interior em que nos encontramos, não só de Castanheira mas dos outros concelhos, faz toda a diferença. Porquê? Porque mesmo em termos de economia local, tínhamos aqui uma alavanca que era nos fins-de-semana o familiar que vinha, no verão as férias que vinham passar. E isso em territórios desta dimensão, como devem compreender, faz toda a diferença", concluiu.

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