A vida de Mario Monteiro sofreu uma grande reviravolta nos últimos dois anos. Depois de mais de cinco décadas na Venezuela, veio para Aveiro há um ano e meio “começar de novo”. A sua história foi ontem contada na primeira pessoa no mercado Manuel Firmino, onde decorreu a Feira do Livro, pela mão da Agora Aveiro – a associação reuniu um grupo de estrangeiros que foram relatar, a quem os quis escutar, as suas histórias de vida. Mario, de 54 anos, foi um deles. Filho de pais portugueses de Estarreja, dedicava-se na Venezuela ao comércio e ao activismo político. Em Agosto de 2016, contou, a sua vida, tal como a conhecia, acabou. “Fui sequestrado. Torturaram-me física e psicologicamente. Meteram-me a cabeça debaixo de água. Partiram-me as costelas. Apontaram-me três pistolas. E deram-me um tiro na perna”, relatou, com um pin “Venezuela Libre” pendurado na camisa. “Disseram-me que era um homem morto se não saísse do país. Decidi vir-me embora”.
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