A Orquestra Gulbenkian, pela primeira vez em 50 anos, actua sábado num estabelecimento prisional, em Leiria, no âmbito da primeira apresentação pública da terceira edição do projecto 'Ópera na prisão', que estreia 'Só Zerlina, ou Così Fan Tutte?'. Na Tanoaria do Estabelecimento Prisional de Leiria, a orquestra toca, no sábado, com um elenco formado por reclusos e solistas profissionais. Um momento histórico que potencia as virtudes do projecto, sublinha o director artístico da Sociedade Artística Musical dos Pousos (SAMP), que coordena 'Ópera na Prisão'.
"É a primeira vez que a Orquestra Gulbenkian toca dentro de uma prisão, e, ao que sabemos, é a primeira vez que, em todo o mundo, uma orquestra com este nível profissional acompanha uma ópera dentro de uma prisão", afirma Paulo Lameiro, o director artístico da SAMP.
"Estamos a falar da mais prestigiada orquestra portuguesa. Ter a acompanhar esta ópera a Orquestra Gulbenkian elevou naturalmente todo o nível artístico da produção, pois solistas e reclusos, técnicos de luz e som, orquestradores e encenador, e todos os muitos profissionais que envolve qualquer produção de ópera, se deixaram contagiar pela responsabilidade desta prestigiada formação artística", explica o director artístico.