O Presidente italiano, Sergio Mattarella, e o primeiro-ministro indigitado, Carlo Cottarelli, voltam hoje a reunir-se para desbloquear a composição do novo Governo.
Mattarella e Cotarelli estiveram já reunidos na terça-feira, para debaterem a formação do executivo.
A lista dos ministros de um Governo de transição, que aprove o orçamento e conduza o país a eleições em 2019, acabou por não ser apresentada, tendo a comunicação social avançado com alguns nomes para integrar o executivo.
Todavia, analistas políticos consideram que um eventual Governo do antigo director do Fundo Monetário Internacional não tem qualquer hipótese de avançar, uma vez que a maioria dos partidos políticos anunciou já que não o votarão favoravelmente no parlamento.
O secretário-geral do Partido Democrata, Maurizio Martina, que tinha manifestado apoio a Mattarella, afirmou que pediria aos deputados do seu partido que se abstivessem no voto de investidura do novo Governo para "manter o carácter neutral" do executivo.
A Itália está mergulhada numa grave crise política desde que Sergio Mattarella recusou a indicação do eurocéptico Paolo Savona, de 81 anos, para ministro da Economia do Governo que estava a ser negociado entre a Liga e o Movimento Cinco Estrelas (M5S), liderado pelo jurista Giuseppe Conte.
Esta situação desencadeou uma grande divisão entre os políticos e na opinião pública, entre aqueles que consideram que Mattarella defendeu as instituições e os que pensam que se excedeu nas suas prerrogativas como Presidente da República.
