Argumentando perigo de fuga, o Tribunal de Aveiro obrigou, ontem, Manuel Godinho, principal arguido do processo “Face Oculta”, a entregar o seu passaporte e determinou que, a partir de agora, este fica obrigado a apresentar-se diariamente no posto da GNR mais próximo da sua habitação.
O sucateiro estava sujeito à medida de coacção menos gravosa – termo de identidade e residência – o que o Ministério Público (MP) entende ser insuficiente para evitar uma eventual situação de fuga à justiça, tendo em conta suspeitas de que o arguido esteja a refazer a sua vida no Brasil. Neste sentido, ontem, após a terceira condenação a uma pena de prisão efectiva num caso de corrupção, o procurador requereu a agravação das medidas, pedido a que o tribunal atendeu.
O procurador referiu ser do conhecimento geral que Manuel Godinho se encontra a residir no Brasil, com familiares próximos, e que este já “assegurou publicamente que está a refazer a vida empresarial” naquele país, pelo existe “risco de se colocar em fuga”.
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