"M’18” pode remeter para a maioridade – “traz uma ideia de transgressão, uma coisa para adultos, algo que marca uma fronteira”. “Mas também é uma arma e um carro de combate”. Contudo, na visão da Estrutura, é tudo isto. Sem ser nada disso, especificamente. No fundo, no fundo, é apenas o Maio de 68 transportado para 2018. “M’18” para ser mais abstracto. Mas também para lhe garantir a aura de “transgressão”, de “fronteira” e até de “arma”. E de movimento de combate. “O que quisemos foi pensar o que é uma revolução hoje. Reflectir sobre o que é realmente um conceito revolucionário, 50 anos depois do Maio de 68”, explica José Mendes, que, com Cátia Pinheiro, fundou a companhia Estrutura, em 2009.
E, segundo explicam os dois criadores de M’18, terá sido pouco depois disso que surgiu o interesse em trabalhar algo relacionado com o Maio de 68. Até que surgiu o cinquentenário do movimento que começou por ser um protesto de estudantes em França e que rapidamente ganhou dimensão, transformando-se numa luta generalizada de operários que levou à queda do Governo francês e à cedência em várias das reivindicações dos protestantes.
“Cinquenta anos depois mantemos as dúvidas sobre aquilo que se pode continuar a conquistar”, explica Cátia Pinheiro, enaltecendo, porém, “a forma como o Maio de 68 mudou as mentalidades em termos sociais, políticos e culturais”.
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