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“Medeia”, ou a arte de fundir a música de Laginha com os corpos em cena


Adérito Esteves Sábado, 12 de Maio de 2018

Depois de subir o pano, durante mais de cinco minutos, o piano de Mário Laginha é a única voz que se escuta. Mes­mo que, de repente, os corpos dos dois actores entrem em ce­na e se envolvam numa dança persecutória até que uma gargalhada ecoa do palco. É dessa forma que João Garcia Miguel olha e dá vida a “Medeia”, um clássico escrito por Eurípedes, e que o encenador português transformou naquilo que define como “algo entre a música e o teatro, entre a poesia e a literatura”. Para o levar à cena, algo que aconteceu, primeiro, no Teatro Ibérico, em Lisboa, no passado mês de Fevereiro, João Garcia Miguel pegou numa tradução de Francisco Luís Ferreira e entregou-a a Sara Ribeiro e David Pereira Bastos, que lhe dão cor­po, mas também a Mário Laginha, que lhe confere a al­ma. E a avaliar pelas palavras do criador da Companhia João Garcia Miguel (Cia JGM), a satisfação não podia ser maior. “Sinto uma grande felicidade em poder trabalhar com os três, que criaram uma ligação mágica”, resume ao Diário de Aveiro, antes de defender que aquilo que o público do Teatro Aveirense pode ver amanhã, a partir das 21.30 horas, é uma peça interpretada por “três pequenos monstros”. “Estamos a falar de algo tão especial, que os podemos colocar naquele patamar entre os deuses e os mortais”, assegura.

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