“Aveiro tem falta de mão-de-obra qualificada em todos os sectores”, voltou a alertar Fernando Paiva de Castro, presidente da Associação Industrial do Distrito de Aveiro (AIDA), durante a segunda edição do Fórum Desafios e Oportunidades, promovido pelo EuroBic. Uma queixa que se está a tornar recorrente, tendo-se ouvido, por exemplo, em Estarreja, na voz do presidente da Edilidade local, durante as jornadas sobre o “Futuro do Ensino profissional nas Empresas e na Economia da Região”, em Março último. Anteontem, Fernando Paiva de Castro apontou como causa próxima deste cenário a diminuição de cerca de 12 mil habitantes que a região sofreu entre 2011 e 2015. Ou seja, “três mil habitantes por ano”, frisou o responsável, que integrou o painel de debate e tinha como parceiros Carlos Costa, director do Departamento de economia, Gestão e Engenharia Industrial e Turismo da Universidade de Aveiro; Paulo Almeida, da Primus Vitoria Azulejos; e Sandra Sousa, do grupo Rui Costa e Sousa & Irmão,. O presidente da AIDA diz que a situação é preocupante e que “há empresas que contratam transportadoras para trazer pessoal” para trabalhar das regiões limítrofes. Uma situação que pode pôr em causa o crescimento económico da região que conta com 77 mil empresas, ou seja, cerca de sete por cento do total das empresas nacionais, segundo um estudo sobre a realidade exportadora encomendado pela AIDA.
