Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
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Um caminho doloroso de fé, porque “se fosse fácil não era peregrinação”


Quarta, 09 de Maio de 2018
A Associação Sociocultural de Recreio e Desporto de Pereiros é, desde há 12 anos, local de paragem para centenas de peregrinos que caminham para o Santuário de Fátima neste mês de Maio. De 7 a 11 são os dias mais fortes, com a IPSS de Coimbra (Castelo Viegas) a mobilizar dezenas de voluntários para confeccionar e servir refeições completas, apoiar a logística das dormidas no pavilhão e antiga escola e até para cuidados de enfermagem e massagens terapêuticas. Ontem, nas contas de Fernando Perpétua, descansariam ali cerca de 180 peregrinos, a maior parte das zonas de Lamego e Viseu. O cansaço e as mazelas de quilómetros e quilómetros percorridos a pé não lhes tira o brilho dos olhos e o responsável da organização deste apoio gracioso espanta-se de os ver, muitas vezes, «chegar a cantar e a dançar». Uns a cumprir promessas, outros simplesmente «a agradecer o que têm de bom na vida», todos são movidos pela fé em Nossa Senhora de Fátima. Isso mesmo frisava Vanessa Pereira, de 34 anos, enquanto a mãe lhe tratava e massajava os pés. Maria José faz o caminho de Fátima pela sétima vez, mas a filha é estreante. A caminhar desde as 5h30 de sábado, num grupo de cerca de 70 pessoas, estavam ontem à tarde felizes: «Tudo uma maravilha e aqui o tratamento é “top”». «Está a correr tudo muito bem, até o tempo está a ajudar», acrescentou Maria Rosa, que se pode orgulhar de não ter sequer uma bolha nos pés.
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