Carlos Ribas, representante da Bosch em Portugal, disse ontem em Aveiro que o grupo tem “emprego para centenas de engenheiros” mas “o mercado não tem centenas de engenheiros” para fornecer, o que pode constituir uma limitação ao crescimento da companhia, que em Portugal possui instalações em Aveiro, Ovar, Braga e Lisboa. O mercado de engenheiros “está praticamente esgotado”, obrigando a Bosch a tentar recrutar noutros países, como a Venezuela, onde existe uma comunidade de 600 mil portugueses, ou Angola. O grupo quer também evitar a saída de profissionais seus. “Temos perdido vários colaboradores”, assediados por propostas de outras empresas, declarou Carlos Ribas, dando como exemplo um engenheiro contratado pela Jaguar com o triplo do salário e com um carro de serviço daquela marca. Numa conferência de imprensa para apresentação dos resultados de 2017, o responsável da multinacional alemã em Portugal elogiou a qualidade do ensino de engenharia em Portugal, o que torna apetecíveis estes profissionais, muitos dos quais recebem propostas de trabalho de fora.
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