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Macron defende democracia liberal contra totalitarismo


Quarta, 18 de Abril de 2018
«Eu não quero pertencer a uma geração de sonâmbulos, eu não quero pertencer a uma geração que se esqueceu do seu próprio passado ou que se recusa a ver os tormentos do seu próprio presente». Esta foi uma das frases proferidas ontem por Emanuel Macron, no Parlamento Europeu, num discurso bastante aplaudido em que deixou vários desafios aos parlamentares europeus. «A nossa identidade é em primeiro lugar e acima de tudo essa democracia respeitadora do indivíduo, minorias, direitos fundamentais, a que foi chamado o nome que eu ainda reivindico de "democracia liberal"». O presidente francês foi o quarto chefe de Estado ou de Governo da União Europeia a participar no ciclo de debates no hemiciclo de Estrasburgo sobre o “Futuro da Europa” e foi claro no caminho que defende para o futuro da União Europeia. Quanto ao momento que se vive, Macron diz que se está a viver «uma forma de guerra civil europeia, onde as nossas diferenças, por vezes o nosso egoísmo nacional, parece mais importante do que o que nos une ao resto do mundo». A «melhor oportunidade neste momento difícil», para Macron, é a «democracia europeia» fortalecida com aquilo que denominou de «uma nova soberania europeia» pela qual possam dar uma «resposta clara e firme aos nossos concidadãos de que podemos protegê-los». Macron não se referiu a países em concreto mas criticou duramente o «fascínio pelo iliberalismo» e as tendências autoritárias que se vêm revelando em vários países. «E rejeito a ideia de que até a Europa consiga que a democracia seja condenada à impotência. Diante do autoritarismo que nos rodeia em todos os lugares, a resposta não é a democracia autoritária, mas a autoridade da democracia», disse. O caminho tem de ser o de reformar a União Europeia, respeitando o seu passado e valorizando as suas conquistas (destacou a paz que se vive na Europa) mas respondendo às necessidades globais de todos os cidadãos. Macron defendeu, por exemplo, «a criação de novos recursos próprios», apontando designadamente um imposto digital, sobre as grandes multinacionais da Internet, «um imposto a curto prazo que ponha fim aos excessos mais chocantes». «Eu apoio essa proposta, ela é essencial e permitirá aumentar os recursos próprios para o próximo orçamento», disse. O Presidente francês considerou também que «a reforma da União Económica e Monetária é outra frente indispensável [a concretizar] antes do final desta legislatura, definindo um roteiro que permita avançar por etapas na União bancária e estabelecer uma capacidade orçamental que favoreça a estabilidade e a convergência na zona euro».
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