“Uma missão saúde” e o sentido de missão cumprida

Não sendo romance, Maria de Belém Roseira admitiu que o leu como se de um romance se tratasse. Tal é a forma como o médico José Martins Nunes encadeia temas e assuntos que compõem “Uma missão saú­de”, livro ontem lançado na Quinta das Lágrimas e cuja totalidade da receita reverte para a associação Dignitude. «Dá gosto ler, prevejo grande saída para esta obra», comentou, na apresentação do livro que, garantiu, «não é repetitivo» ainda que a temática gire sempre à volta da saúde e do Sistema Nacional de Saúde». O que Martins Nunes fez em “Uma missão saúde” foi reunir peças. Entrevistas, discursos, intervenções, reflexões, em suma textos que relatam, em especial, a missão de seis anos cumprida à frente da construção daquele que é hoje o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) – foi o seu primeiro presidente – mas no sentido mais lato, as várias missões de vida que o médico foi construindo ao longo de um percurso que, recordou a antiga ministra da Saúde, foi «construído a pulso». «Saúde como um direito iniciático para todos os outros direitos», defendeu Maria de Belém Roseira.