Vestindo um colete laranja fluorescente da Protecção Civil, Silvério Teixeira, de 61 anos, polícia reformado, mostrou-se preparado para exercer o cargo de 'oficial de segurança' na aldeia onde nasceu e que, recorda, foi a terra natal dos pais do escritor Fernando Namora, que doaram o terreno onde hoje está a capela - capela essa que servirá para dar o alerta. "Na eventualidade - esperemos que não - de haver um incêndio, é tocar a rebate, dar o alerta e as pessoas, mediante o alerta, deslocarem-se para o nosso local de refúgio", que, no caso de Vale Florido, é a sede da associação recreativa, onde Silvério é tesoureiro.
Durante o simulacro de ontem, Silvério Teixeira circulou a aldeia munido de megafone a alertar que um grande incêndio estava a caminho, depois encaminhou as pessoas para o refúgio, fez a chamada dos presentes e até deu nota que havia um peregrino de Santiago de Compostela pela aldeia e que uma das pessoas que não respondeu à chamada estaria a trabalhar.