Anselmo Pisa, primeiro treinador da história do Beira-Mar que levou o clube à I Divisão Nacional, erguendo-o desde os “regionais, tem o seu nome perpetuado desde ontem numa placa de toponímia em rua das imediações do Estádio Municipal de Aveiro. A cerimónia que faltava para deixar claro o carinho que cidade e clube têm, e continuam a ter, por Anselmo Pisa, decorreu, ontem, dia que assinalou o centenário do seu nascimento, com a presença da filha, Haydée Pisa e outros familiares, testemunhas do “amor” do treinador à cidade que adotou, e que também o adotou.
Com alguns antigos jogadores do Beira-Mar da época, as conversas antes da cerimónia tiveram um denominador comum: Anselmo Pisa. Do seu caráter forte e da sua exigência e capacidade de trabalho, a que juntou o sucesso. “Além das conquistas desportivas, Anselmo Pisa ficará conhecido como o formador do futebol do Beira-Mar”, lembrou Haydée Pisa. O treinador argentino chegou a Aveiro em 1957 e assumiu a vontade de indicar o caminho a um clube mergulhado nos “regionais”. “Um pouco à imagem dos dias de hoje”, como referiu Hugo Coelho, presidente do Beira-Mar.