Os registos históricos apontam o dia 1 de Abril de 1918 como o da inauguração de uma base aéro-naval francesa em São Jacinto, então, tendo como principal objectivo, combater os submarinos alemães que percorriam as águas nacionais. de forma a tentar impedir os reabastecimentos às tropas americanas que combatiam na Europa, em plena I Guerra Mundial.
Ontem, num dia em que até a chuva deu tréguas durante quase toda a manhã, a base que agora tem o nome de Regimento de Infantaria n.º 10 (RI10) encheu-se de gente que quis assinalar o centenário de actividade militar ininterrupta, da única unidade nacional que já acolheu todos os três ramos das Forças Armadas portuguesas: a Marinha, a Força Aérea e o Exército.
Mas apesar de o futuro ter sido recordado no discurso de Coronel Costa Santos, que é há poucos meses o comandante do RI10, foi para a garantia de um futuro digno dos militares da mesma que se dirigiram as palavras mais fortes da cerimónia, quando aquele responsável enalteceu o que tem sido feito na unidade com “os escassos recursos disponíveis”, mas também o que é necessário salvaguardar para garantir o futuro da unidade, e até das Forças Armadas portuguesas.
“Com os escassos recursos disponíveis, temos orientado o nosso esforço para dignificar as condições de vida dos nossos militares, no interior da unidade, melhorando as instalações afectas à alimentação, ao alojamento, espaços de convívio e de lazer”, declarou, deixando, depois, um pedido ao vice-Chefe do Estado-Maior do Exército, o Tenente-General Fernando Celso Vicente de Campos Serafino, que presidiu à sessão.
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