Uma empresária senegalesa mantém em suspenso as vidas de cerca de 60 trabalhadores do sector do calçado. Alguns deles têm marcado presença em frente a um pavilhão na Zona Industrial das Travessas, em S. João da Madeira, em protesto pelos vencimentos em atraso e pela falta de rumo para os respectivos futuros profissionais. Refira-se que o tal pavilhão era a base de duas empresas. Os trabalhadores com quem falámos disseram-nos que uma tem a designação “Missão sem Rival – Comércio e Fabrico de Calçado Unipessoal, Lda.” e a outra de “Desempenho de Topo – Corte e Costura Unipessoal Lda.”.
Certo é que os operários não reconhecem à empresária – cujo nome disseram ser algo como “Negoy” - um desempenho sequer mediano, pois a mesma não lhes pagou os salários de Dezembro do ano passado a Fevereiro deste ano, 12 dias de férias de 2017 e o subsídio de Natal.
Otília Pinho e Conceição Coelho, que laboram para aquelas firmas vai para cinco anos, desde que as mesmas se instalaram nas Travessas, traçaram um cenário de instabilidade e enganos, com a patroa a prometer trabalho e vencimentos e sucessivamente a não cumprir.
“Ao menos podia passar as cartas para o fundo de desemprego”, vincaram as trabalhadoras, dando conta de colegas já em dificuldades “até para comer”.
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