Terminado mais um ano de trabalho da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Aveiro é tempo de fazer contas aos processos e tirar conclusões. Beatriz Reis, presidente da comissão, reconhece que, comparativamente a 2016, “no ano passado registámos uma redução do número de novos processos, que passaram de 243 para 193”, ainda assim, “este facto não corresponde a menos trabalho”.
“Tivemos, de facto, menos processos mas as 193 novas situações são de uma grande complexidade, mais delicadas e desafiantes para a equipa”, testemunhou ao Diário de Aveiro, acrescentando ainda que “entre as várias entidades sinalizadoras, a que nos trouxe mais casos foi a autoridade policial, com 105 ocorrências, seguida pelos estabelecimentos de ensino, com 34 situações, e o Tribunal com 15”. Com menor expressão, mas igualmente responsáveis pela sinalização de casos, está a Segurança Social, autarquia, Comissão Local de Acompanhamento RSI, estabelecimentos de saúde, pais e familiares, entre outros.
Relativamente às problemáticas sinalizadas, no ano passado, “foram os casos de violência doméstica, com 60 ocorrências, a dominar as intervenções da CPCJ, com a agravante de, praticamente, ser o mesmo número de casos comparativamente a 2016, com 59. Logo a seguir à violência doméstica, que reporta para conflitos graves entre pais ou “cuidadores” com a exposição dos menores à violência, segue-se a negligência, com 33 casos (39 em 2016) e 28 situações em que a criança ou jovem assume comportamentos que põem em causa a sua segurança, como por exemplo comportamentos aditivos ou de violência. Sendo estas as problemáticas mais expressivas, há ainda a considerar os maus tratos físicos, o absentismo escolar ou exposição a comportamentos de risco.
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