Tudo começou aquando da montagem da exposição “Carvão de Aço”, no espaço Mira Forum, no Porto. Confrontados com as imagens captadas pelo fotógrafo aveirense Adriano Miranda – e que estão patentes no Mira até 21 de Abril -, os responsáveis por aquele espaço cultural tomaram consciência da riqueza da história e património das antigas Minas do Pejão e decidiram fazer algo para tentar salvar o que corria riscos de vir a desaparecer: avançaram com uma petição pública a defender a criação de um núcleo museológico. O documento foi lançado na noite do passado dia 9 e, numa semana, reuniu cerca de 1.000 assinaturas. É dirigido ao Presidente da República, ao presidente da Assembleia da República e ao Primeiro-ministro e o objectivo passa por reunir um total de 4.000 assinaturas, por forma a que o documento seja apreciado no plenário da Assembleia da República.
“É precioso o património material – instalações de superfície, equipamentos da actividade mineira, registos documentais da exploração (peças desenhadas e peças escritas), biblioteca de livros especializados, utensílios de uso pessoal dos mineiros e outros. Antes do encerramento da empresa, houve uma preocupação em preservar para memória futura todo este conjunto de materiais que escrevem parte da história de uma região e do país”, começa por evidenciar o documento. Ainda que reconheçam que tem havido “por parte de cidadãos, iniciativas no sentido da preservação deste património”, os promotores da petição advertem que “a tarefa ultrapassa a soma de boas vontades” e “implica uma atitude nacional que envolva estruturas de administração central”.
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