O arranque do Registo Oncológico Nacional (RON) «é um salto civilizacional, um marco importante no conhecimento epidemiológico do cancro», afirmou o presidente do Conselho de Administração do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra. Carlos Santos recordou que a existência de um registo de âmbito nacional que permita conhecer em detalhe os dados associados ao cancro era uma ambição antiga que só foi possível concretizar a partir de 1 de Janeiro deste ano, quando o RON começou a funcionar e já depois da aprovação e publicação da lei da sua criação e regulação em Diário da República em Julho do ano passado.
Carlos Santos, que falava à margem da assinatura de um protocolo entre o IPO de Coimbra e a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), mostrou a sua satisfação por começar a ver concretizado o RON, ainda que nesta altura em «processo de implementação», passando para a escala nacional um trabalho que vinha sendo desenvolvido a nível regional pelos três IPO do país – Coimbra, Lisboa e Porto. O RON «só é possível porque existem desde há cerca de 30 anos três registos regionais e é graças ao trabalho destes três registos que foi possível esta revolução tranquila de passagem para um registo oncológico nacional», afirmou o responsável.
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