O Beira-Mar deu um passo em falso na sua candidatura à subida de divisão, ao ser derrotado no mesmo campo onde, uma semana antes, o líder Lusitânia de Lourosa havia vencido. A história da partida começou bem cedo a ser desenhada, tudo porque os “auri-negros” não perderam tempo a mostrar ao que iam. Dois minutos de jogo e já Zé Bastos (na foto) dava vantagem aos visitantes, num remate fulgurante após cruzamento preciso de Pedro Almeida. No entanto, esse rasgo de eficácia sofreu um rude revés logo de seguida. Em apenas meia dúzia de minutos, o Beira-Mar sofreu três golos e, de repente, o estado emocional da equipa de Cajó abanou de forma abrupta.
Na segunda perte, com o Pampilhosa cada vez mais preocupado em se segurar ao jogo e à preciosa vantagem, o Beira-Mar atirou-se cada vez mais para a frente, forçou o erro e alimentou as investidas com o espírito de quem não tem mais a perder. Conseguiu justamente reduzir a desvantagem aos 69 minutos na sequência de um canto, com Zé Bastos a desviar ao primeiro poste e Artur, no sítio certo, a reavivar a esperança. A partir daqui houve ainda mais risco, muito mais vontade, mas o Pampilhosa, sempre coeso mas por vezes grosseiro na forma como foi perdendo tempo, acabou por segurar o triunfo, perante um Beira-Mar que nunca se conseguiu libertar daqueles seis minutos de pesadelo.
