Diário de Aveiro: Contava com o resultado que teve nas últimas autárquicas?
Diamantino Sabina: Eu tinha consciência de que o nosso primeiro mandato tinha corrido bem. Confesso que até um pouco melhor do que aquilo que estávamos à espera. Por isso, mais do que contar, eu tinha a esperança de melhorar significativamente o resultado eleitoral, porque nunca se tem a certeza de nada neste caso. Hoje, os resultados não são o que eram há quatro anos. Aliás, há quatro anos, numa altura muito mais adversa, em Estarreja reflectiu-se muito mais a situação política nacional, o que não é normal. Mesmo assim, consegui a maioria absoluta, um excelente resultado, porque, apesar de todos os nossos esforços, nunca conseguimos convencer toda a gente. Desta vez, estou satisfeito por ter aumentado os votos e ter eleito mais um vereador e espero aumentar ainda mais se me recandidatar.
A decisão de incluir um quinto vereador a tempo inteiro acabou por ser polémica.
É sempre polémica. Se eu fosse da oposição também diria o mesmo. Mais um vereador? Mais esse custo? Mas enquanto presidente de câmara eu sei o muito trabalho que temos aqui. Sei, apesar de ter essa confrontação da oposição, enquanto gestor autárquico, que não nos falta o que fazer, é só querer. Também é preciso ver que íamos em coligação e tinha ficado decidido que, caso se elegesse um quinto vereador a tempo inteiro, que seria do CDS/PP. Fazia parte do acordo.
O que achou das eleições para a liderança do PSD?
Eu nunca estive dividido, porque a minha opção era o Rui Rio. Da consciência que eu tinho do que era o partido, das movimentações que andavam lá dentro, achava que o resultado final tanto podia cair para um lado como para o outro. Considero, no entanto, o Rui Rio a melhor opção enquanto o partido estiver na oposição e, se for o caso, a melhor opção para vir a ser Primeiro-ministro.
Gostaria de vir a ser indicado para deputado ou fazer parte de um eventual elenco governamental?
Não gosto de me imiscuir naquelas movimentações políticas para ser visto de modo a vir a ser convidado para este ou aquele cargo. Não está no meu feitio. Para já, o meu principal objectivo é servir e deixar a minha marca em Estarreja. É isso que me preocupa. É claro que, se o povo me quiser cá, quando terminar o meu limite de mandatos, ainda serei uma pessoa relativamente jovem e com muitos anos para trabalhar. A verdade é que oito anos passam num instante. De vez em quando, penso nisso, mas nem dou por mim a desejar ser deputado ou membro do Governo. Se forem outros a reconhecer e a convidar... agora ser eu a meter-me em bicos de pés não faz parte da minha maneira de ser.
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