Em Portugal, o trabalho no mastro chinês não é comum, mas João Paulo Santos finta completamente esse “cliché”. Dono de uma força e elasticidade invulgares, assume uma “relação” de intimidade com o mastro chinês conseguindo a proeza do trabalho físico em suspensão parecer fácil e natural. E se dúvidas houvesse, este sábado à noite Aveiro pode tirar as teimas e assistir a “Mundo interior”, um espectáculo que combina o teatro físico e a arte circense, sendo que esta sai renovada e airosa.
A peça tem como ponto de partida o livro “Mundo interior” do poeta islâmico Jalâl Rûmi e baseia-se na lenda de destruição de Kash, de Joseph Campbell. Inspira-se, ainda, num excerto de “A Divina Comédia”, de Dante e o resultado é a história de um velejador solitário que parte à descoberta de um mundo interior desconhecido. A vontade de viajar e descobrir é tanta que ao mesmo tempo que dá a conhecer esse mundo também o confunde e destroça em fragmentos.
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