Uma ex-funcionária da Câmara de Águeda foi ontem condenada a uma pena suspensa de quatro anos e meio de prisão por se ter apropriado indevidamente cerca de 82 mil euros que terá recebido de utilizadores das piscinas municipais.
Apesar de a arguida não ter prestado declarações durante o julgamento, o tribunal não ficou com qualquer dúvida de que “as verbas entraram nas piscinas, mas não nos cofres da Câmara”.
“Isto não parece verdade, mas aconteceu”, comentou a juíza-presidente, referindo que a quem exerce funções públicas “exige-se uma rectidão de comportamento acima da média”.
A juíza censurou ainda o comportamento da arguida, considerando uma “persistente falta de reflexão” o facto de a mesma, já depois de ter sido despedida, ter tentado depositar na sua conta três cheques que lhe tinham sido entregues para efectuar pagamentos ao município.
A mulher foi condenada por um crime de peculato e três de falsificação de documento. A execução da pena fica suspensa com a condição de a arguida pagar à autarquia 13.500 euros (um terço daquilo que ainda está em dívida) divididos em tranches de 1.500 euros, de seis em seis meses.
O tribunal julgou ainda procedente o pedido de indemnização civil formulado pelo município no valor de cerca de 38 mil euros.
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