Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
Fundador: 
Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: 
Adriano Callé Lucas

Catalunha: Parlamento regional reúne- se hoje em sessão constituinte


Quarta, 17 de Janeiro de 2018
O parlamento da Catalunha reúne-se hoje em sessão constituinte, com o bloco independentista a tentar assegurar a presidência da câmara e a posterior nomeação de Carles Puigdemont, ex-presidente do Governo regional, para presidir ao futuro executivo. O nome do próximo presidente da câmara e a delegação de voto dos três deputados presos e dos cinco refugiados na Bélgica, entre eles o ex-presidente do Governo catalão (Generalitat) são questões em aberto até à última hora. Carles Puigdemont insiste em apresentar-se até ao fim do mês para repetir a presidência da Generalitat, o que levanta muitas incógnitas sobre essa possibilidade, mesmo entre os independentistas. O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, avisou que, se na sessão constitutiva do parlamento regional se permitir delegar os votos de Carles Puigdemont e restantes refugiados em Bruxelas, o executivo de Madrid irá recorrer imediatamente dessa decisão junto do Tribunal Constitucional. A escolha dos nomes que vão presidir ao parlamento regional e à mesa da instituição pode complicar-se caso o bloco independentista não possa utilizar o voto dos cinco refugiados na Bélgica que estão a fazer tudo para não se demitirem, o que daria a possibilidade de os seus lugares serem ocupados por outros separatistas. Mariano Rajoy convocou para 17 de Janeiro, esta quarta-feira, a primeira sessão do parlamento regional da Catalunha, tendo o primeiro debate de investidura do próximo presidente da Generalitat que se realizar até 31 de Janeiro e a votação no dia seguinte. Se o candidato não for eleito pela maioria absoluta dos deputados (68 em 135), haverá um segundo debate e votação em que será necessário apenas uma maioria simples. O conjunto dos partidos independentistas soma 70 lugares – 34 dos JxCat (Juntos Pela Catalunha, direita separatista), 32 de ERC (Esquerda Republicana da Catalunha) e quatro da CUP (Candidatura de Unidade Popular, extrema-esquerda anti-sistema) -, mas oito deputados deste bloco estão em prisão preventiva (3) ou fugidos à Justiça (5), o que lança muitas dúvidas sobre o que vai acontecer nos próximos dias. Por seu lado, o bloco de partidos que defendem a unidade de Espanha tem 57 lugares – 36 do vencedor Cidadãos (direita liberal), 17 do PSC (Partido Socialista Catalão associado ao PSOE) e quatro do PP (Partido Popular, direita). As eleições catalãs de 21 de Dezembro foram convocadas pelo chefe do Governo espanhol no final de Outubro, no mesmo dia em que decidiu dissolver o parlamento da Catalunha e destituir o executivo regional presidido por Carles Puigdemont por ter dirigido o processo para declarar unilateralmente a independência da região.

Suplementos


Edição de Hoje, Jornal, Jornais, Notícia, Diário de Coimbra, Diário de Aveiro, Diário de Leiria, Diário de Viseu