O primeiro-ministro António Costa afirmou ontem, em Leiria, que um dos desafios que Portugal tem nos próximos anos é conseguir “atrair” mais empresas construtoras da indústrial automóvel para além das que já existem, num cluster que considera “estruturante” para a economia do País, e uma “maior atenção das políticas públicas” para aquele sector.
"O 'cluster' automóvel é fundamental para o futuro da economia portuguesa, pelo que tem que ter a maior atenção por parte das políticas públicas", defendeu o primeiro-ministro na sessão de apresentação do estudo sobre a relevância e tendências de futuro da indústria automóvel, que decorreu na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, numa iniciativa da Mobinov – Associação do Cluster Automóvel. Segundo António Costa, a “mais-valia deste sector”, um cluster que representa 20% das exportações de bens transacionáveis e 27% dos empregos criados na indústria transformadora nos últimos cinco anos, e que representa 5,6 por cento do PIB nacional, é, em primeiro lugar, “a capacidade de gerar cadeia de valor e proceder à integração dessa cadeia”, dando o exemplo do “aumento da produção das componentes, que tem sido mais significativo que os próprios números de veículos produzidos em Portugal”.
