Dizia ter 18 anos para conquistar a confiança das menores e convencê-las a manter relações sexuais com ele. O homem tinha, afinal, mais de 40 e, em pelo menos dois dos casos, contou com a cumplicidade de uma mulher que disponibilizava a sua casa, em Vale de Cambra, para os abusos.
O pedófilo foi condenado, no Tribunal de Santa Maria da Feira, a sete anos de cadeia por um crime de abuso sexual de criança de trato sucessivo, seis de actos sexuais com adolescentes e ainda pornografia de menores. À amiga foi aplicada uma pena de dois anos, suspensa na sua execução, pela prática de um crime de abuso sexual de criança e três de actos sexuais com adolescentes, a título de cumplicidade, bem como ao pagamento de 2.000 mil euros a uma das ofendidas, por danos morais.
O processo identifica três vítimas com quem o indivíduo terá mantido relacionamentos de natureza sexual. O primeiro caso aconteceu em 2012 e envolveu uma menor de 15 anos que foi abordada pelo indivíduo através de mensagens de telemóvel, apresentando-se com um nome falso e dizendo que tinha 18 anos. Seguiram-se outras jovens, primeiro uma de 13 anos, e, depois, uma amiga desta, de 15, tendo o último episódio acontecido em 2014. Quando a mais nova “se mostrava relutante em manter relações sexuais com o arguido, este afirmava que, caso não o fizesse, contaria ao pai e à avó da menor o relacionamento que mantinham”, provou-se em tribunal.
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