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“Os Magníficos” lembram Atita antes de ir a banhos


Ana Sofia Pinheiro (foto Ricardo Carvalhal) Terça, 02 de Janeiro de 2018
Silêncio ao ouvir dois trompetes. Palmas, muitas palmas. “Atita! Atita! Atita!”, gritaram em uníssono. Foi desta forma que uma imensa moldura humana prestou, ontem, em pleno areal, a última “e mais sentida” homenagem ao impulsionador do banho do ano na praia da Barra. E presentes estiveram, para além dos milhares de admiradores e “valentes” banhistas, a viúva e filha do carismático aveirense que faleceu a 10 de Dezembro. Ao Diário de Aveiro, a viúva, Georgina Sousa, disse que “além da tristeza, é uma grande alegria ver como ele era estimado”, desejando que a semente lançada pelo seu Eduardo, o Atita, “nunca acabe”. Palavras ditas no final de uma homenagem que considerou “bonita” e “respeitosa”. Mas antes, ao chegar ao areal e ao ver a multidão, declarara ao nosso jornal: “parece que estou noutro mundo”. Também a filha de Atita, visivelmente emocionada com os momentos que se anunciavam, confessava-nos que sabia que este dia, o primeiro do ano, aquele em que o seu pai sempre ansiosamente esperava para instigar ao mergulho do ano – mesmo que, nos últimos anos, já não fosse a banhos, mas ainda dava o “tiro de partida” com o seu apito característico e lá estava na primeira fila a dar apoio aos que se aventuravam água fria adentro – seria um dos momentos mais difíceis de presenciar. E assim foi. Em lágrimas, desabafava que ver o seu pai ser assim homenageado “é algo maravilhoso” e que ver a imensa gente no areal “é impressionante, digno de se ver. Sei que o meu pai está a ver-nos e está feliz”. Perceber que Atita “tocava no coração das pessoas” foi o que mais a emocionou. E no final, estava “feliz” pela homenagem feita como “não se vê em lado nenhum. Foi só uma pessoa que fez tudo isto”, declarou, orgulhosa. Um dos “mentores” da iniciativa e que faz parte do Grupo “Os Magníficos”, tal como orgulhosamente exibe na sua t-shirt de 1996, Augusto Fonseca, disse ao Diário de Aveiro que a ideia era recordar o “grande homem” que foi Atita e a forma como tocava as pessoas. Mas fazê-lo de uma forma, apesar de singela, muito sentida. Prepararam um cartaz, onde se podia ler, a letras brancas, “Os Magníficos/Obrigado Atita/2017”.
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